Monday, December 25, 2006

Cry-Worthy

Tem um tópico do Beleza Americana no IMDB que todo mundo posta o seguinte: Quais as cenas finais de filmes que te fizeram chorar. Olha cá a minha lista:


I still cry with the end of Gone with the Wind... It's a Wonderful Life, even in the end of Das Boot I've cried.


100% sure crying heartbreaking pre-final-credits scenes:

Virgin Suicides
Babe
American Beauty
One Flew Over Cuckoos Nest
The Dreamers
Paths of Glory
ET
Central do Brasil
Ghost
Mulholland Drive
Doctor Zhivago
Brazil
Elefant Man


50% chance scenes: All That Jazz, Unbearable Lightness of Being, The Graduate, GoodFellas (and Casino, the same ending), Lost in Translation, Top Gun (music factor), Summer of 42, Donnie Darko, Mishima, Annie Hall, The Last Emperor, Jacob's Ladder, Big Fish, Oh Brother where Art Thou, American Graffiti, Diários de Motocicleta, The Ice Storm, Bitter Moon, Rashomon, Leaving Las Vegas, The Straight Story, Truman Show, Dolce Vita... Spider Man 2 (yep), and Forest Gump is ok

Final scenes I've cried only once: Star Wars Episode III (the two suns over the desert, the baby and the john williams factor) and, unbelievable, Full Metal Jacket in the fade out, I dont know why

Sorry, just Casablanca dont work with me

Saturday, December 23, 2006

É besta... eu sei

Não confie em seus olhos

Wednesday, December 20, 2006

O Melhor Texto

Reassisti 'Eu, Claudius', é meio porre, porque não há legenda, e o texto é semi-shakespeareano, de Robert Graves, dificil de entender apesar da clara dicção inglesa. Já escrevi nesse blog em algum lugar sobre essa novela, que veio da BBC na década de 70, filmado em vídeo (com aquelas primeiras cameras que deixavam um rastro nos highlights), com quase nenhum cenário realista (é meio Chaves, sabe). Mas o texto e os atores... é impressionante mesmo, não é palavra de efeito, é impressionante mesmo.

Recapitulando: No Império Romano, Claudius é o tio de Calígula, meio que da mesma idade, uns dez anos mais velho. Ele é meio surdo, gago, manco, com tiques nervosos a todo momento. E por isso foi o único que sobreviveu, por ser subestimado desde que nasceu. É meio que cada capítulo fosse sobre cada assassinato entre família, com serpentes, venenos, espadas, tudo que uma novela precisa. Cada morte é a política misturada com a guerra de egos, vaidade, egoísmo, manipulação, traição, vingança e claro, sede de poder, que é politica mas não é.


Vamos começar com uma conversa de Guardas Pretorianos:
GUARDA: Eu não posso. Eu não consigo matá-los, são crianças!
CHEFE: Estão na lista. Agora vai em frente com isso!
GUARDA: A garota é uma virgem. Você sabe que não podemos matar uma virgem. Traz azar.
CHEFE: Então trate de ter certeza que ela não será virgem quando matá-la. Agora VAI EM FRENTE COM ISSO.


Agora de uma Prostituta com um Ator:
MINISTER: Deixe-me me apresentar. Meu nome é Minister. Sou um ator. Muitas pessoas pessoas já ouviram falar de mim.
SCILLA: Meu nome é Scilla. Sou uma prostituta. Todo mundo já ouviu falar de mim.


O debate entre o futuro Cézar-gago Claudius e o Senado para a sucessão de Calígula (assassinado pelos próprios guardas Pretorianos):
SENADOR: Existem aqueles que dizem que você não consegue escutar direito, nem consegue falar corretamente, e ainda, sem qualquer experiência de governo...
CLAUDIUS: ...esqueceu de ccitar também de que não ttenho ccapacidade mental. Senadores, é vvverdade que não ouço ddireito. Mmas vocês ddescobrirão que nnão é por falta de qquerer escutar. Pppor ffalar ccorretamente, ééé vvverdade qque eu tenho ccertas restrições. Mas nnão é mmais importante o qque se tem a ddizer, do que o tempo qque se demora a ddizer? É vverdade qque tenho ppouca experiência de ggoverno. Mmas dde novo, vvocê teria mais? Pelo mmenos, eu vvvivi com a ffamilia imperial que controlou este iimpério desde que vvocês cccovardemente o ppassou ppara nós. Eeu observei iisto ttudo accontecer muito mais ppróximo que qqualquer um de vocês. SSua expperiência é mmelhor que isto? Ppela mminha capacidade mmental bbem, o que pposso dizer... exceto que eeu ssobrevivi no bberço imperial aaté estta meia idade sem ela, enquanto mmilhares morreram com eela iiintacta. Ssenadores... eeu nnão ffarei nada inconstitucional.. eeu vvoltarei ppara a ppróxima sessão do ssenado, onde vvocês podem cconfirmar mminha posição ou nnão. Mmas se ddesejarem qque não, eexplique o mmotivo ppara eles. [Claudius aponta para os guardas Pretorianos]. Nnão ppara mim.

Discutindo os imigrantes:
JULIA: São milhares deles nas ruas. Eles continuam vindo de todo lugar, Grécia, Espanha, Galiléia, eles continuam vindo, vindo e vindo.
MARCELLUS: Eles são o sangue de Roma, Julia. As pessoas que fazem de Roma o que ela é.
JULIA: [rindo] Barulhenta, insuportável e inabitável.


Claudius, agora Cézar, conversando com o Rei da Judéia:
HEROD: Ouça Claudiu, deixe-me lhe dar um conselho.
CLAUDIUS: Eeu aachei que vvocê ttinha pprometido parar de dar cconselhos.
HEROS: Bem, só mais este, e então pararei. Não confie em ninguém meu amigo, ninguém. Nem mesmo os libertos mais agradecidos; nem mesmo seu amigo mais íntimo. Nem a criança mais querida. Nem a mulher que tiver seu coração. Não confie em ninguém.
CLAUDIUS: Nninguém? Nem mesmo em vvvocê?


Tibérius, como Cézar, conversando com Calígula sobre o chefe dos Pretorianos:
TIBERIUS: Você o conhece pessoalmente?
CALIGULA: Não, mas dormi com a mulher dele várias vezes.
TIBERIUS: Eu lhe farei meu sucessor, Gaius Caligula. Roma te merece.
CALIGULA: É uma piada, Tio?
TIBERIUS: Não, não ainda.


Claudius conversando sobre a avó, Livia, com Herod:
CLAUDIUS: O qque você acha que ppode ser?
HEROD: Eu diria que ela deseja que você jante com ela. Eu levaria meu próprio vinho se fosse você.

Claudius no jantar com a avó:
LIVIA: Eles não me deixariam ser imperatriz porque sou uma mulher, e ele não te deixariam porque você é um tolo. É tão estranho quando você pára para pensar direito, porque lá não há nada além de mulheres loucas e tolos.


Chefe dos pretorianos condenando um suposto traidor:
SEJAMUS: Assine.
GALLUS: O que é?
SEJAMUS: Uma confissão.
GALLUS: Para quê?
SEJAMUS: Sua conspiração com Drusus de ter subvertido os exércitos de Rhine. Assine.
GALLUS: Você escreveu, você assina.
SEJAMUS: Eu não preciso de um tribunal para provar a sua culpa.
GALLUS: Uma música cantada por todo pequeno policial corrupto do interior, coisa que você deveria ter continuado a ser.


Em uma discussão sobre a Grã-Bretanha
DRUSUS: Eu não invadiria a Grã-Bretanha se fosse você. Não há nada de valor lá e esse pessoal dão péssimos escravos.


Mais um senador, discutindo se Claudius merece ou não ser Cézar:
SENADOR: Você não se encaixa na figura de um imperador.
CLAUDIUS: Cconcordo. Assim como meu ssobrinho.
SENADOR: Então qual a diferença entre vocês?
CLAUDIUS: Ele não tteria cconcordado. E a sua ccabeça estaria no cchão ppor ter dito iisto.


Claudius, como Cézar, lembrando de sua avó:
CLAUDIUS: Vvocê ssabia que eela não ffalou comigo por ssete anos? Sabia que foi a úúúltima coisa que ela me ffalou ffoi quando Caligula qqueimou nnossa ccasa? E mmesmo ccom tudo aacontecendo, ttudo que ela ddisse foi 'sse vvocê não tem uum bbalde, mmija em cima'


Sobre Deus:
AUGUSTUS: Herod, que tal uma pequena aposta? Aposto 20 moedas de ouro naquele gordo.
HEROD: Cézar, isto seria contra a minha religião apostar sobre a vida de um homem.
AUGUSTUS: Sério? Na verdade achava que seria contra a sua religião apostar em qualquer coisa.
HEROD: Cézar, é verdade: judeus amam apostar. Mas nosso medo de Deus é maior.
AUGUSTUS: Qual deles?
HEROD: Nós só temos um, Cézar.
AUGUSTUS: Eu nunca entendi isso, é tão insuficiente para a população. Porque vocês não pegam alguns de nossos deuses? Muitos fazem.
HEROS: Acredite Cézar, já é dificil o suficiente conviver com este que já temos.


Falando para Augustus, o primeiro Cézar:
POSTUMUS: Tio, abra os olhos. Durante todos esses anos, todos que você conhecia e amava morreram ou desapareceram. Você acha que foi tudo um acidadente? Meu pai Agrippa, e antes dele Marcellus, meus irmão Gaius e Lucius, minha mãe Julia... agora EU?


SEJAMUS: Você vai ter que se comportar agora. Senão... eu a irei prendê-la, sem roupas, você terá minhas visitas todos os dias.
LIVILLA: Você se cansaria.
SEJAMUS: Então mandarei meus guardas no lugar.
LIVILLA: Quantos?
SEJAMUS: Uns três ou quatro.
LIVILLA: Eu talvez não goste...
SEJAMUS: Você será forçada então.
LIVILLA: Iria espernear e berrar.
SEJAMUS: Seria inútil.
LIVILLA: Você gosta da idéia, não?

Antonia, mãe de Livilla está sentada do lado de fora do quarto trancado da filha:

LIVILLA: [berrando e batendo na porta] MÃE! ME SOLTA! Me solta!
CLAUDIUS: Qquanto ttempo você vvai esperar ssentada?
ANTONIA: Até ela morrer.
CLAUDIUS: Mmorrer? Mmmorrer? Vvocê enlouqueceu? É a ssua filha.
[Antonia não responde]
CLAUDIUS: Ccomo vvocê pode?
ANTONIA: É a punição dela.
CLAUDIUS: Ccomo ppode você fficar sentada ssem ffazer nada, eescutando ssua filha mmorrer?!
ANTONIA: Esta é a minha punição.


A esposa de Calígula pedindo ajuda para Claudius:
CAESONIA: Ele está doente, ele precisa de pessoas boas ao lado dele mais do que nunca!
CLAUDIUS: Ele as matou todas!


Calígula se recupera de sua doença:
CALIGULA: Eu nunca estive doente. Eu passei por uma metamorfose.
CLAUDIUS: Ppuxa... doeu mmuito?
CALIGULA: Como um parto... em que a mãe dá a luz ela mesma.
CLAUDIUS: Nossa, ddeve ter doído mmmuito eentão.


Calígula, como Cézar, conversando com Claudius:
CALIGULA: Você acha que sou louco?
CLAUDIUS: Llouco?
CALIGULA: É, às vezes eu acho que estou enlouquecendo. Você... seja honesto comigo... nunca passou isso pela sua cabeça?
CLAUDIUS: Nnunca. nunca. Essa iidéia é uultraje. Você define o ppatamar de ssanidade para o mundo.
CALIGULA: Tinha pensado em te matar, mas mudei de idéia.


Tiberius falando de sua mãe, Livia:
TIBERIUS: Dizem que uma serpente a mordeu uma vez. E morreu.


CLAUDIUS: Vó... quem matou Marcellus?
LIVIA: Eu matei. O império precisava de Agrippa mais do que de Marcellus, e então envenenei Agrippa para que Tiberius pudesse casar com Julia, e assim pudesse se tornar o próximo imperador.
CLAUDIUS: Mas e os filhos de Julia com Agrippa, como eles morreram?
LIVIA: Envenenei Gaius quando ele estava na Galiléia.
CLAUDIUS: Que alcance você tem!
LIVIA: O império é gigantesco, alcance é o que mais preciso. Lucius foi assassinado em um acidente arranjado no barco dele pelo seu amante.
CLAUDIUS: E... Postumus?
LIVIA: Você realmente gostava dele, não?
CLAUDIUS: [triste] Sim, vó.
LIVIA: Ele era inútil. Eu tive que me livrar dele, uma ameaça para Tiberius. Além disso ele sabia que eu tinha sumido com a mãe dele.
[silêncio]
LIVIA: Você queria saber a verdade. E você chamou isto de uma 'pequena' condição.


TIBERIUS: Minha querida, você parece uma tragédia grega.
AGRIPPINA: E você parece uma farça romana.

Saturday, December 09, 2006

zinc oxide

Thursday, December 07, 2006

Impressions

Acho que é o melhor imitador que já vi