O L a d o C i n z a

posted by beckspace @ 10/29/2007 11:46:00 pm

Failed predictions

update: A página foi apagada do wikipedia. Como todos devem saber, o wikipedia guarda um time-machine para todas as edições feitas em todos os artigos. Aqui, o artigo foi apagado por não ser enciclopédico, o history dela também foi apagado... nem no wikipedia podemos mais confiar.

posted by beckspace @ 10/29/2007 12:34:00 am

Operação Irmão Sam

" a operação foi chamada Brother Sam. As forças estavam ao largo da costa brasileira e, em caso de necessidade durante o golpe 1964, agiriam rapidamente. Washington reconheceu o novo governo imediatamente ao golpe 1964 "

Se HOUVESSE resistência, o Brasil seria INVADIDO. Essa foi a única mensagem que Jango recebeu do governo Americano. E acham que o Iraque é algo novo. Sob pretexto de exercícios no atlântico sul, eles enviaram: 100 toneladas de armas leves, dezenas de aviões de caça, 50 helicópteros com tripulação e armamento completo, dois porta-aviões, cinco petroleiros, seis destróiers, um encouraçado, além dos navios de transporte de tropas, 25 aviões C-135 para transporte de material bélico.

USS Forrestal (base da Operação Brother Sam)


Como soa estranha essa possibilidade. Como o Brasil teria respondido? Quero dizer, e se o nosso exército não tivesse dado as costas ao Goulart? E se eles tivessem protegido nosso presidente? Mas não, não só fizeram o golpe como aceitaram que nosso país pudesse ser invadido por forças estrangeiras. Que raça de militares era essa? Não é a toa que nossos militares foram desmantelados, eles mereceram; desde que existe a república, desde que instauraram a primeira ditadura com Deodoro e o gago Floriano Peixoto nos idos de 1900, foram a segunda causa do nosso gigantesco atraso depois da escravatura.

Essa formação que mandaram para cá é tipica de um blitzkrieg, passar por cima das linhas inimigas, cortar as comunicações e energia, bombardeando indústrias estratégicas em uma só operação, a resistência fica para depois. Foi a tática do Hitler sobre a Polônia, França, e qualquer outro país despreparado para a guerra. Barato, rápido e aterrorizador.

O Brasil, caso ninguém saiba, com gastos militares de 1% do PIB, é o país de dimensões continentais que menos tem gastos armamentistas (tirando a Antártica, claro), e mesmo no regime militar isso não mudou. Militarmente, o Brasil seria um Vietnam.

Em 3 de Março de 1964, o jornal The New York Times deu a seguinte notícia: Os Estados Unidos não mais punirão as juntas militares por derrubarem governos democráticos na América Latina. Esta notícia fez eclodir em série de conflitos em toda a região.

leia The Military Republic, 1964-85 (arquivos do congresso americano): Library of Congress Country Studies: Brazil

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posted by beckspace @ 10/27/2007 12:42:00 am

60 Minutes

posted by beckspace @ 10/26/2007 12:22:00 pm

cyriak

cyriak

www.cyriak.co.uk/

posted by beckspace @ 10/26/2007 12:18:00 pm

Calibragem

Quando você precisa escrever de manhã, e olha para a página em branco do Word... só café ajuda.

Quando você precisa escrever a noite, e olha para a página em branco do Word... só álcool ajuda.

Café e álcool. Saudável? Nem um pouco. Página em branco do Word... me dê álcool e café. Juntos. Sem açúcar.

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posted by beckspace @ 10/25/2007 05:40:00 am

Definição de Ka-boom econômico

Lendo a história do Amiga, o autor conseguiu definir em uma frase a insanidade dos momentos anteriores aos 'crashs' econômicos, seja imobiliário, da internet, do pós-guerra, nesse caso, video-games:

"pouco antes do crash de 83, a Atari produzia mais cartuchos de Pac-Man do que haviam consoles no mundo."

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posted by beckspace @ 10/23/2007 01:37:00 am

como criar um holocausto com a apatia

posted by beckspace @ 10/22/2007 11:42:00 am

Chessmaster para Presidente (da Russia)

posted by beckspace @ 10/21/2007 03:55:00 pm

dessa vez HAL me roubou

posted by beckspace @ 10/20/2007 03:40:00 am

LaserJet

descobriram que podem alterar as mensagens do monitor de status das impressoras laser da HP dos escritórios; aqui vai as melhores mensagens que achei nos fóruns:

posted by beckspace @ 10/19/2007 01:51:00 am

minha (futura) casa ...

...meio maluca, mas maluco de bom gosto





só falta a casa, a mulher, os filhos e dinheiro

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posted by beckspace @ 10/18/2007 08:33:00 pm

para os íntimos

keywords: 1997 ESPM regis falcão debora carneirinho nimtz adriano joão juzinha paula lost highway sem comentários

posted by beckspace @ 10/18/2007 09:29:00 am

Never say no

Al Gore pode apresentar sua candidatura para presidente nas próximas semanas. O fundo com que Ron Paul ergueu só com doações pela internet, 5 milhões de dólares, deve estar assustando o status-quo. Entre um cara que quer mudar tudo como Ron Paul e Al Gore, o status-quo aceitaria tranquilamente Gore.

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Update: Al Gore disse que não será candidato, de novo. Sei.

posted by beckspace @ 10/17/2007 01:44:00 am

semiótica

posted by beckspace @ 10/17/2007 01:32:00 am

A ciência a serviço da adolescência

Quanto mais velhos nós ficamos, menos sons de alta freqüência escutamos. Descobri que não ouço mais do que 18khz. É uma medida da nossa quilometragem. Crianças escutam até 22khz, quem tem mais de 60 anos, não mais do que 12khz. Isso é foda, porque é como se cortasse quase metade da banda de freqüência sonora.

Um americano tentou lucrar com isso criando um sistema para afastar crianças e teenagers de perto; o buzz de 17~20khz é muito irritante pra quem ouve, dói o ouvido. É uma sacada, mas meio inútil. Quem realmente usaria um repelente de teens? Pode até dar vontade, mas fala sério...

Mas os teens acharam uma bela utilidade para isso: o Mosquito Ringtone. Os teens recebem chamadas sem seus pais ouvirem, ou professores, ou qualquer um com mais de 25 ou 30 anos; nenhum deles não consegue mais ouvir 20khz. Quer dizer, é um sistema de comunicação exclusiva dos teens, eles podem até ressuscitar o código Morse para colar na prova.

Para os moleques que usam o mosquito ringtone, vai ser duro a cada três anos ter que diminuir a frequência para ouvi-lo. A cada dia o som do mosquito ringtone vai ficando mais baixo, marcando o fim da adolescência, a hora de trocar a frequência.

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posted by beckspace @ 10/16/2007 09:45:00 pm

goo goo g'joob

posted by beckspace @ 10/11/2007 11:57:00 pm

psicotécnico

posted by beckspace @ 10/11/2007 11:33:00 pm

Optimus Prime contra o cancer

Robot Chicken é a melhor coisa da TV no momento

posted by beckspace @ 10/11/2007 09:03:00 pm

HAL, vc me trapaceou no Xadrez?

Enquanto uma máquina rende, jogo xadrez na outra. Tô me esforçando. Xadrez é a melhor terapia quando você repara que anda desatento aos detalhes. Tava foda, inspirado, fiz umas duas jogadas em seqüência perdendo um bispo e um cavalo por um peão para cercar o rei que tinha dado roque. Já tava meia hora tentando criar a porra do xeque mate,mais umas cinco jogadas e finalmente, depois de anos estaria vencendo HAL. Em 2007.












Olhando pra jogada que ele fez, dá pra ver que ele tava todo orgulhoso dessa jogada: dois cavalos protegendo o peão preto que protege a rainha... compara todo o jeito certinho dele e os meus movimentos bestializados de ficar rasgando pescoços no xadrez. E no seu jeito certinho ele me roubou. Será que meu velho Sempron™ tá sentindo que tá chegando a hora dele? Vou aposentá-lo esses dias, vai ser doado. Ele sabe disso? Ele me mataria se pudesse? Acho que não. Será? Open the gmail tabs, HAL, HAL?


Update: descobri agora que essa é uma jogada legal, e se chama 'en passant', quando o peão avança duas casas, o bispo pode fazer isso também, ou a rainha, qualquer um que se mova diagonalmente, maldita mini-regra de xadrez. Mas não interessa, ainda me senti roubado. Malditas leis. Legalmente ou não. É como o fiscal da receita querer propina pra respeitar a lei. Vou me vingar.

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posted by beckspace @ 10/11/2007 12:47:00 am

La vida de vagabundos americanos

os Estados Unidos andam mal, checa só isso aqui:


Isso se chama inflação. O dinheiro não compra mais o que comprava antes, e o salário continua o mesmo. O drama americano tem aparecido de maneiras bem óbvias, a crise imobiliária, melhor, hipotecária, tá sendo bem estranha. Tirando NY, não houve valorização generalizada dos imóveis americanos na última década. O tempo que um estudante demora para pagar a dívida da faculdade aumentou em 10 anos. Nunca os planos de saúde de lá se tornaram tão inacessíveis como agora. O dólar canadense ultrapassou o americano. O euro vai dar a segunda volta em cima do retardatalho. Mas mais do que tudo, checa essa galeria.

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posted by beckspace @ 10/09/2007 04:23:00 am

No cinema, as mulheres não dão lucro...

Pois é, a Warner afirmou recentemente que não produzirá mais filmes que tenham mulheres como personagens principais. Não dão lucro. Que bizarro isso. Blockbuster é brincadeira de homem. Culpa da Warner? É culpa da sociedade.

As mulheres ainda estão em crise de identidade; bem, depois de um milhão de anos de subserviência e papéis coadjuvantes, é de se imaginar que não é fácil encontrar o ponto de equilíbrio em apenas uma geração ou duas.

Isso significa que não teremos Mulher Maravilha no cinema. Mulheres com super poderes ainda soa estranho. É aceitável delas terem poderes extra-sensoriais, mas poderes badass como os de Wolverine são apenas para as vilãs; que por sinal são caricaturas descerebradas, bem longe de um arquétipo de um deus moderno. Superpoderes em mulheres são coisas do tipo invisibilidade, mudar a aparência, ou coisas do tipo super cura. Lembro de Heroes, onde a única mina com poderes badass virou o personagem mais odiado da série, mesmo tendo a atriz mais talentosa da trupe fazendo o papel.

Existem várias coisas que ainda não aceitamos que mulheres tenham, como por exemplo, músculos. Por mais que músculos não tenham nada a ver com superpoderes, é difícil imaginar Superman anoréxico, ou Thor baixinho, ou um Hulk franzino. Acima de um nível (i.e. músculos aparentes) a mulher, nessa sociedade, vira macho, é esculachada. Nenhuma mulher convive com comentários do tipo ‘ela parece um homem’, mesmo que tenham peito e bunda. Braço musculoso vira he-man. Se houvesse uma Mulher Maravilha no cinema, ela seria mignon, e não uma amazona. E isso não corresponde. Não encaixa no arquétipo. O filme seria um fracasso, de um jeito ou de outro.

James Cameron está fazendo uma bela aposta, não de filmar em 3D, mas de fazer um filme com uma mulher como super heroína. Se você lembrar de Ripley, Sigourney Weaver de Alien, ela é a única heroína bem sucedida do cinema, e ela vira heroína por exclusão. Ela só luta pela própria sobrevivência, que tirando o gatinho laranja, não salva mais ninguém. Mas então James Cameron filmou a seqüência de Alien, Aliens, e lá Ripley salva mais gente que Rambo no Afeganistão. Ele foi o único diretor de blockbusters que conseguiu fazer da mulher uma personagem com força sem cair no ridículo. Vamos citar alguns deles: Catwoman, Electra, Supergirl, tudo absolutamente ridículo. Traumatizante.

Sabe o que James Cameron NÃO FAZ? É simples. Quando nesses filmes uma mulher ganha superpoderes, todo o aspecto psicológico do personagem gira em volta dela ser uma mulher. Não é sobre ‘alguém que por acaso é mulher’; mas sim sobre uma ‘mulher’. E ‘mulheres’ só pensam no Mr.Right, casamento e nos filhos.

E quando usam superpoderes como uma espécie de analogia de ‘libertação feminina’? A coisa fica pior. Tudo soa como vingança, imposição, mesquinharia e acima de tudo, uma superficialidade travestida de traços de personalidade. A coisa sempre desaba da mulher batendo em bêbados querendo se aproveitar dela num beco escuro. Sempre. Todo beco escuro tem um bêbado querendo estuprar uma loirinha... oh, mas ela é de Kripton. E ela pode quase matar, como se tivesse todo o direito para isso, e mais, ela sempre coloca a mão na cintura pra tirar um sarro da masculinidade dos bêbados. Você consegue imaginar Batman tirando sarro do bandido, ou Superman, Spiderman?

Lançaram agora a Mulher Biônica, mais um remake. E como todas as outras séries sobre super mulheres, ela só pensa no namorado, ou ficar com mais carinhas, apesar de metade do seu corpo ser um apêndice mecânico. Vendo a Mulher Biônica, você sente o passo para trás, você vê que Buffy até era uma evolução de fato.

E as vilãs? As vilãs dos filmes de supermulheres são sempre mais velhas, como a madrasta da Branca de Neve. Elas já foram lindas e boazinhas como as heroínas, que amaram também um carinha e pensavam em casamento. Mas como elas ficaram... velhas, elas só pensam em destruir a concorrência. Todo filme, série, quadrinhos, joga essa bosta. Que moral é essa? Mulheres solteiras perto dos 40 são malvadas. E é exatamente essa a vilã da Mulher Biônica... em plenos finais dos anos 2000: a mulher que se vê trocada por uma mais... nova.

Todos esse estigmas são postos na frente de todo o resto. Na visão popular, a mulher é vítima, se ganha superpoderes, é para correr atrás do prejuízo disso. Nunca é para evitar que a bomba mate todo mundo no circo, serve só para dar porrada na madrasta, nos bêbados do beco e catar o namorado do começo do filme. Não é à toa que mulheres dão prejuízo no cinema comercial. Mulher não é isso. Chega disso. James Cameron, salve-nas.


PS: Serenity & Kill Bill são as únicas exceções recentes de todo esse imbróglio feminino.

PS2: Uma Thurman, depois de Batman & Robin foi brutalizada, enterrada viva, passou varios anos em coma e levou um tiro na cabeça. Mas alguém assistiu My Super Ex-Girlfriend? Ivan Reitmann enterrou Uma Thurman viva de novo. E conseguiu resumir todo esse imbróglio em um único filme, um puta fracasso para Warner. Tá explicado, sem Ridley Scott, James Cameron ou Tarantino, no women. Ridley Scott... alguém assistiu G.I.Jane?

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posted by beckspace @ 10/08/2007 11:00:00 pm

Red One

finalmente as Red Ones estão despachando, so beautiful. Ela, por enquanto, só grava 24fps, 2K até aparecer o update... ela não grava som ainda; 45K dólares pra se ter o básico... ainda tô esperando a Red Pocket Camera, que dizem por aí que vai existir. O lance deles ainda tá no começo, eles querem vir de cima para baixo. Um dia o CMOS dessa camera vai ser muito barato. E então camera só vai ser design. Era um cara que fazia óculos antes de dar essa pirueta no mercado, os óculos do Ciclópes do Xmen é da fábrica dele, Oakley. Eles vão ser a próxima Leica, com preço mais razoáveis (você sabia que a Leica 35mm custava com uma lente, passando pra valores de hoje, $8.000,00 dólares? Porra, e ainda a versão digital custa a mesma coisa, S8.000,00 dólares, com uma lente, tá certo que o CMOS é da Kodak, mas quatro pau? Sendo que em dois anos, 10 megapixel vai ser pouco. Uma Leica de titânio 35mm por dois paus e meio até faz algum sentido, até se lembrar que nesse mundo 35mm, só cabe 36 poses, que filme é caro, revelação é cara, digitalizar é um saco, ampliar em papel fotográfico (sem micro no meio) fica mais caro que a Leica no final. Mas tem ainda um coisa que a digital não vai fazer tão cedo: fotografar sem compressão instantaneamente, o mais essencial uso de um fotógrafo profissional. Uma Ricoh demora 5 segundos pra livrar a cara do buffer para uma nova foto. Se é rótulo de maionese, okay, mas e um pássaro? Ou o assassinato de Lee Harvey Oswald... O buffer de uma 35mm pamonha ainda mata qualquer digital.

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posted by beckspace @ 10/04/2007 10:59:00 pm

Tropa de Elite, na opinião de outro playboy

Tenho que falar desse filme, afinal não dá pra ficar calado depois de ver esse filme.

Quando Deus (figura imaginária presente na mente humana) me disse vá fazer o Notícias Populares, a primeira e mais persistente imagem é a de um banho de sangue. Presunto embalado no jornal com um radinho de ouvido ligado na sarjeta.

Cerca de meio ano depois apareceu Cidade de Deus, e como se previa, todo um filão de filmecos veio esvaziando o discurso. Agora o discurso está retomado com Tropa de Elite.

E o filme desce o pé na classe média. Estudantes vagabundos que só fumam maconha sem precisar trabalhar. Que playboy é isso aí, é verdade; mas essa exposição de classe média pamonha, dessa caricatura de classe-média do Cansei que o filme soca, soa como uma mea-culpa: É como se o filme se sentisse culpado de ser filmado por playboys, que ao desligarem a câmera vão para os seus apartamentinhos da zona sul do Rio.

Depois de assistir tropa de elite, a sensação de dever cívico clama, e ao mesmo tempo te dá um tapão na orelha pra largar de ser ingênuo. É uma boa experiência. É uma boa síntese do sentimento classe-média nosso.

E Tropa de Elite é um filme em que o amor não vence, só atrapalha. Isso é novo. Mesmo depois de um século de cinema.

Talvez ele feche um ciclo nosso, e talvez consiga até transformar em produto o ‘trazer’ nossa realidade pra perto. E não há nada de errado com isso, mas o perigo é que se gera o mesmo dilema do capitão Nascimento, ter duas caras. Uma tem que cair. Quem tortura, mata e desce porrada, não tem como amar direito alguém. (muito boa a última cena dele com a mulher, genial, Wagner Moura merece o Oscar, ou o bastião dourado da terceira ordem, todos os prêmios, ele merece ser mega reconhecido)

Só que como todo filme niilista, fica o vazio. Nossa alma é programada para odiar o vazio. Claro que todos vão conversar na pizzaria sobre o filme a noite inteira, mas lançando olhares vagos nos momentos de silêncio. Porque ao dormir, a lembrança que fica é a de um tiro na cabeça.

Bravo. Sério. Isso é Shakespeare.

Pena que se um dia o Notícias Populares existir, vai ser menos sobre o presunto enrolado em um jornal; mais sobre o que tá no jornal cara de pau que enrola o presunto. Está começando a chegar a hora da desanuviada na cabeça da brasileirada. E vão descer porrada, dizendo que é preconceituoso e superficial. E serão eles, os ateus. Que venham.

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posted by beckspace @ 10/03/2007 04:44:00 am