Saturday, January 08, 2011

Só vou deixar isso aqui embaixo da porta caso alguém apareça:


A Competição tá foda para os artistas, se compete com todos os álbuns dos Beatles num torrent, se compete com youtube no celular e um trilhão de pages que constelam a Internet. Quem tem tempo pra gastar com a biografia do Rei Ludwig II?


E os artistas estão se ‘adaptando’, o termo usado pelo médico fajuto que receita anfetaminas pra velhinha de Requiem para um Sonho. A única saída para acalmar o vício é aumentar a medicação, injetar ainda mais heroína na veia, a efemeridade começa a ser sentida cada vez mais forte. Os artistas estão se tornando cada vez mais histéricos para poderem ser ouvidos, Aronofsky é o exemplo maior, uma total auto-medicação.


Ele e Danny Boyle torturam a audiência para um final orgástico. Se filmes são como sexo, o sexo está se tornando freaky. Não basta ser um filme sobre uma bailarina, tem que ser sobre ela se transformando em um Cisne como um lobisomem. Transformers 2 tem mais cortes do que frames por segundo; Star Trek começa com sacrifício, morte de bilhões e Winona Ryder morrendo de novo; Toy Story 3 é sobre morte e abandono. Que fadinha, o que, É faca na caveira.


Engraçado como estávamos certos sobre a histeria.
E foi sem querer querendo.


Eu só queria um pouco de lirismo, pra cada riso uma lágrima, ou nos dias de hoje, pra cada sangue derramado um orgasmo.

...

Nem sei o que fazer com a minha biblioteca de DVDs, eles são como os bichos de pelúcia num quarto de uma balzaquiana.