OK, admito

A propaganda é um defunto que nos sorri. Tirando das palavras do falecido Toscani, nosso mentor rebelde na ESPM. Mas acho que a palavra zumbi se encaixa melhor. A propaganda é um zumbi que nos sorri.
E como todo zumbi, a propaganda quer cérebros. O problema maior de enfrentar zumbis, é que às vezes o zumbi é seu amigo ou alguém da família, e você não quer matar o zumbi (a pancadas ou cortando em pedaços; regra No 1: nunca ateie fogo em zumbis).
Esse é o problema, a propaganda é um zumbi que nos sorri e ainda por cima, um amigo morto.
É assim que me sinto desde que parei de assistir TV: tem um monte de zumbis andando do lado de fora da janela. O jeito é fingir que é normal. Alguém assistiu o último filme de zumbis do Romero? Ele começa com uma banda de praça zumbis, que batem o prato, o bumbo e a corneta em intervalos muiiito lentos e desafinados. Parece um domingo à noite na televisão.
Daí no mundo de zumbis o jeito é você fingir que é zumbi também, senão eles vêm atrás de você. E aí é que eu me pergunto, será que está todo mundo fingindo serem zumbis para não perderem o cérebro também?
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